Projeto de Lei 083.00003.2019
REQUERIMENTO DE ASSUNTOS NÃO REGIMENTAIS
Diversos Vereadores requerem que seja denominada de Engenheiro ERNESTO GUAITA, uma sala ou galeria dos Palacios Rio Branco.
TEXTO
Diversos Vereadores requerem à Mesa, que seja denominada de Engenheiro ERNESTO GUAITA, uma sala ou galeria do Palacio Rio Branco
JUSTIFICATIVA
"Ernesto Guaita não foi autor somente do Palácio Rio Branco. Ele também construiu outras obras marcantes na paisagem da cidade, como o Palácio Garibaldi; o Museu da Imagem e do Som (antigo Palácio da Liberdade, sede do governo estadual na Rua Barão do Rio Branco); a Casa Gótica da rua XV (esquina com a Monsenhor Celso); e o prédio na praça Carlos Gomes que durante alguns anos foi a sede da Escola de Artífices (embrião do CEFĘT/UTFPR).
Para a pesquisadora Analu Cadore, que se dedica à produção arquitetônica do engenheiro italiano, ele foi o maior nome do ecletismo em Curitiba. Em termos gerais, o ecletismo
arquitetônico buscava mesclar tendências de épocas diversas numa mesma construção. O estilo vigorou da metade do seculo XIX até os anos 1930.
Além disso, Guaita foi responsável pelo primeiro plano urbanístico de Curitiba efetivamente posto em prática. Tratava-se do plano Nova Corityba, cuja implantação teve início em 1885. Da fundação da cidade até aquela data, o núcleo da capital nunca havia se expandido além dos limites da praça Carlos Gomes. Foi resolvido, então, que a estação ferroviária seria construída longe dali. Escolhido o local, criou-se uma rua para ligar os dois pontos. A partir dessa rua, Guaita traçou linhas perpendiculares e paralelas, estabelecendo uma "malha xadrez" de ruas e quadras. Com a inauguração da estrada de ferro, em 1885, à região foi gradativamente ocupada.
"Os curitibanos entenderiam depois que em uma área vazia entre o que a cidade era e o que se propunha a ser, tornava-se possível esculpir no vazio e com material de construção, um cenário, uma mentalidade e um sonho de 'modernidade' que teriam seu ponto focante e focal na estação ferroviária. Na vastidão de oitocentos metros era possível a Curitiba moldar seu orgulho em uma rua longa, larga, bem iluminada e pavimentada", explica o professor Irã Dudeque no livro "Cidade sem véus: doença, poder e desenhos urbanos".
O plano também previa cinco avenidas largas (30m) ligando a região industrial do Rebouças ao sul da cidade (que à época se constituía no Água Verde e no Portão). A ideia foi vista com temeridade, mas hoje essas avenidas se mostram bastante funcionais. São elas: Visconde de Guarapuava, Sete de Setembro, Iguaçu, Silva Jardim e Getúlio Vargas."" Fonte: https://intranet.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=29944 "Ernesto Guaita, foi um homem à frente do seu tempo e deixou a sua marca na história da Cidade de Curitiba e no Estado do Paraná, suas obras foram eternizadas através dos séculos e falam por si. Ernesto Guaita, homem de grandes virtudes, talentoso, com excepcionais aptidões profissionais e exemplar qualificação técnica, fez a diferença, contribuindo com excelência para o desenvolvimento, destaque e projeção do cenário curitibano
paranaense. Foi um grande mestre da verdadeira arte da engenharia - arquitetura e urbanismo." Fonte: Alcina Guaita Stradiotto e Nancy Guaita Stradiotto de Oliveira.
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